sábado, janeiro 15, 2005
Despiques literários
I
- Amo a distância que vai da minha mão ao teu peito. O hálito da tua boca....o perfume da tua pele e o roçar dos teus cabelos ao de leve na minha mão. Queria contemplar as estrelas.
- Eu também. Mas na cidade as estrelas estão desfocadas....
- Sempre
- Por isso é que quero sair da cidade
- Mas eu pinto-te estrelas no céu só para ti...todas as que me pedires...e dou-lhes os nomes que tu quiseres...corto a lua em pequenas fatias para que a possas saborear....
- Só se lhe puseres por cima cobertura de sonhos vendidos há muito.
- Sim, e enfeites dos sonhos futuros...
- Com serpentinas de cores dos meus horizontes? Daqueles mais longínquos?
- E beijos com sabor a cerejas e mel....
- Não quero beijos, que me lembram a efemeridade dos corpos.
- Que queres tu então?
- Eu? A atemporalidade das palavras que ficam escritas na alma, impressas a dor e a felicidade.
- Posso semear nos teus cabelos ideias brilhantes....
- O meu ser alegra-se com pouco não preciso de promessas, só de vibrações constantes em pulsações assíncronas.
- Incomodam-te os diálogos efémeros?
- Não....nada....
- Então?
- É uma boa maneira de fazer amor contigo.
- É? Não me parece...
- É. Muito boa.
- Porquê?
- Ri-te, pelo amor de deus!
- Esquece deus...
- Ri-te....gostava de te fazer rir...para quebrar este gelo
- Que gelo?
- O gelo que fica quando dizes que sou fria...
II
…tenho medo das palavras. E do que vem depois delas…
- Lamento mas gostaria de te abraçar. De te beijar. Lamento.
- Não lamentes. Não é honesto, porque sei que não lamentas.
- A sério que lamento.
- Lamentas porquê?
- Lamento porque não vai acontecer. Porque temos corações desfasados. Idades diferentes. Vidas diferentes.
- Sim eu sei.
- Temos noções diferentes. Mas a verdade é que tenho vontade de cheirar o teu cabelo. De sentir ao que sabe a tua nuca.
- Não sabe tão bem quanto as nossas conversas. Garanto-te.
III
Hoje falei de ti, porque gosto de ti
- Mas com tudo isto eu devo confessar que sinto desejo de te tocar.
- Mas porquê? Sou assim tão desejável?
- És. Não é o teu corpo ou a tua idade. É a capacidade de seres inteligente....de eu ter a certeza de que ia gostar de te tocar....pelo que dizes, escreves.....como ages...não consigo explicar melhor...
- Tenta…
- É...sentir desejo de te gravar na minha memória....a 3 dimensões...de te conhecer...te adorar o teu corpo......imagino algo muito muito lento.........muito calmo...
Algo só com a ponta dos dedos....
Algo feito com pudor.....
Algo feito a meia-luz para que não me visses corar.....
…tenho a certeza de ia chorar...não me perguntes porquê...e ia sentir-me tão bem a chorar contigo ao pé de mim.
- Porra. Eu quando disse que me podia apaixonar por alguém que escrevia assim, estava a ser tão verdadeiro que não podes imaginar. Tu não és bonita. Tens ar de gaiata. Mas eu estou-me nas tintas para isso tudo. Eu quero fazer amor contigo a falar....quero jogar contigo ideias. Dificilmente nós poderemos existir no mundo real....mas apetece-me existir contigo sozinhos os dois.
Isto faz sentido? Não é uma declaração de amor. É uma declaração de intenções.
Junho de 2004
Com a permissão do co-autor.
- Amo a distância que vai da minha mão ao teu peito. O hálito da tua boca....o perfume da tua pele e o roçar dos teus cabelos ao de leve na minha mão. Queria contemplar as estrelas.
- Eu também. Mas na cidade as estrelas estão desfocadas....
- Sempre
- Por isso é que quero sair da cidade
- Mas eu pinto-te estrelas no céu só para ti...todas as que me pedires...e dou-lhes os nomes que tu quiseres...corto a lua em pequenas fatias para que a possas saborear....
- Só se lhe puseres por cima cobertura de sonhos vendidos há muito.
- Sim, e enfeites dos sonhos futuros...
- Com serpentinas de cores dos meus horizontes? Daqueles mais longínquos?
- E beijos com sabor a cerejas e mel....
- Não quero beijos, que me lembram a efemeridade dos corpos.
- Que queres tu então?
- Eu? A atemporalidade das palavras que ficam escritas na alma, impressas a dor e a felicidade.
- Posso semear nos teus cabelos ideias brilhantes....
- O meu ser alegra-se com pouco não preciso de promessas, só de vibrações constantes em pulsações assíncronas.
- Incomodam-te os diálogos efémeros?
- Não....nada....
- Então?
- É uma boa maneira de fazer amor contigo.
- É? Não me parece...
- É. Muito boa.
- Porquê?
- Ri-te, pelo amor de deus!
- Esquece deus...
- Ri-te....gostava de te fazer rir...para quebrar este gelo
- Que gelo?
- O gelo que fica quando dizes que sou fria...
II
…tenho medo das palavras. E do que vem depois delas…
- Lamento mas gostaria de te abraçar. De te beijar. Lamento.
- Não lamentes. Não é honesto, porque sei que não lamentas.
- A sério que lamento.
- Lamentas porquê?
- Lamento porque não vai acontecer. Porque temos corações desfasados. Idades diferentes. Vidas diferentes.
- Sim eu sei.
- Temos noções diferentes. Mas a verdade é que tenho vontade de cheirar o teu cabelo. De sentir ao que sabe a tua nuca.
- Não sabe tão bem quanto as nossas conversas. Garanto-te.
III
Hoje falei de ti, porque gosto de ti
- Mas com tudo isto eu devo confessar que sinto desejo de te tocar.
- Mas porquê? Sou assim tão desejável?
- És. Não é o teu corpo ou a tua idade. É a capacidade de seres inteligente....de eu ter a certeza de que ia gostar de te tocar....pelo que dizes, escreves.....como ages...não consigo explicar melhor...
- Tenta…
- É...sentir desejo de te gravar na minha memória....a 3 dimensões...de te conhecer...te adorar o teu corpo......imagino algo muito muito lento.........muito calmo...
Algo só com a ponta dos dedos....
Algo feito com pudor.....
Algo feito a meia-luz para que não me visses corar.....
…tenho a certeza de ia chorar...não me perguntes porquê...e ia sentir-me tão bem a chorar contigo ao pé de mim.
- Porra. Eu quando disse que me podia apaixonar por alguém que escrevia assim, estava a ser tão verdadeiro que não podes imaginar. Tu não és bonita. Tens ar de gaiata. Mas eu estou-me nas tintas para isso tudo. Eu quero fazer amor contigo a falar....quero jogar contigo ideias. Dificilmente nós poderemos existir no mundo real....mas apetece-me existir contigo sozinhos os dois.
Isto faz sentido? Não é uma declaração de amor. É uma declaração de intenções.
Junho de 2004
Com a permissão do co-autor.
Comments:
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eu agora contava-te a história da historieta...mas sou uma boa menina e fico caladita. Além disso, ja saí da puberdade há uns anitos :P
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